quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ausente em si...

Sinto-me ausente de mim.
Observo meu inferno e ele está vazio,
Busco sentir minha desgraça
E nem mesmo ela me acompanha.
Que maneira mais serena de reconhecer-se ausente.
Ausente de mim, ausente no outro...
Não ocupo espaço,
Como ausente do retrato, posso ser sombra.
Uma sombra que sobra e revela-se vazia.
Vazio em mim, talvez alívio no outro.
Sou assim, meio mulher e quase nada...
Moldada na imagem da amante
Aquela que deve esperar
Pelo átimo de tempo que você talvez ofereça para ela
E assim, ela vive da bela cena e das palavras significativas.
Onde você representa a ausência presença de um sentimento.
Um sentimento desgraçado
Com os laivos de felicidade que talvez você queira me dar...
Assim vivo feliz, mas sempre a espera do momento...
Do momento governado por você senhor da hora e da presença.

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