segunda-feira, 6 de abril de 2009

DESJEJUM DE AMOR


Esta manhã acordou com uma sensação estranha. Imagens sem nexo a me atormentar, complexos fatos que não compreendo. Um desjejum repleto de interrogações, fragmentos de dúvidas no creme dental. Penso no que pode estar acontecendo, no que me ocorreu noutros dias. De onde terão surgido tamanhas divagações. E este medo tão carnal a adentrar uma intimidade tão cotidiana que me leva a construir o obscuro e a destruir minha certeza, mesmo que esta nunca tenha existido.

Lamento percorrer áreas de mim mesmo pisando em contradições tão evasivas. Paro o que faço, penso, continuo e me disfarço. Consenso? Não! Eu não consigo mais me encarar diante do espelho. As visões por trás da máscara percorrem o abismo entre o Eu, e o Eu aparente... Este ser inconseqüente, às vezes tão demente, outras tantas... apenas o Ser a percorrer meandros de está simplesmente, revisitando o velho estado de viver, a nova vontade de morrer e o ódio que há até mesmo no bem-querer. Meu sentimento está perdendo o próprio sentido. Mergulho num estado imerso em um perigo, comigo, contigo.

Não consigo viver só, afundo-me num estado de ansiedade, que me leva a deixar de ser eu, pensar apenas em você de verdade e a me imaginar como uma mentira. Na verdade, querer o outro é renascer a cada dia é ver o sentimento florescer e crescer apesar dos percalços, das reviravoltas, reencontrar o rumo dentro de tantas áreas obscuras. Uma luz no fim do túnel na contramão da minha vida, da história, um veículo crescente em direção da existência, que agora apenas significa te encontrar para então, se possível, viver a cumplicidade plena e intensamente deste amor...

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