Dias novos, estranhos, belos.
É noite, pensamentos gestados.
Uma escala se estabelece e vejo um olhar.
Um olhar que me vê por dentro,
Uma forma de perscrutar-me sem contornos.
É noite, em mim você e o riso,
No tempo um sentimento inexplicável.
Neste momento, eu em mim,
Na brevidade o instante de nós dois
Escravos dos limites,
Prisioneiros tácitos de um agora.
Cumplicidade, medo, véus...
Instante, momento, olhares, risos.
Dois sem um, eu e você órfãos de si.
Miragem, sentimento, espaço.
Nada além de um olhar que se esconde
Do espelho ocular daquela que lhe olha.
Por que se esconde do olhar onde reflete teu desiderato pensar?
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