domingo, 5 de abril de 2009

Inexplicável [...]

Não explique o poema,
Deixe-o sem explicação.
Ah, não aprisione a verve com descrições.
Deixe a poesia livre!
Acredite na liberdade do escrever.
Libere o verbo do racionalismo cartesiano,
Do politicamente correto.
Desacorrente o verso,
Olhe-o, sinta-o, não o explicite!
Lapide a metáfora proibida,
Deixe as imagens expressionistas soltas.
Retenha-me no seu olhar e veja a poesia
Ela está latente e viva, morrendo a cada dia,
Na explicação do inexplicável
Deste invisível instante
Cheio de escudos e desvios.
Não explique o poema
Sinta-o, viva-o....
Emocione-se e viva a poesia sem linhas retas...
Apenas pelo prazer de saboreá-la nos olhos
Daquela que oferece-lhe no olhar.
Poesia, sabor, o que mais?
Viva a poesia e mais nada.
Não explique o poema...

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