quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mais uma viagem...

Viagem na terra escura, uma terra sem margens,

Sem tempo, sem espaço, um viajante de si mesmo,

Uma procura íntima que nem se sabe viagem.

Processo de vida similar a uma fuga.

Seria mesmo uma viagem ou uma fuga?

Fuga de sonhos, crenças, desejos e vontades.

Uma fuga que disfarça medos e decepções.

Que espécie de momento é este tão expressionista e intenso?

Nem mesmo o poema dá conta.

Ele declina de si mesmo e entrega-se a viagem

Numa terra sem limites e cheias de contrastes.

O poema se vai, mas deixa-lhe a poesia.

Esta se encontra no fragmento inexato

Do brilho do olhar do poeta.

Consegue vê-lo ou senti-lo?

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