Minha cabeça subscreve pensamentos,
Meu corpo tabula sensações,
Reconstrói desejos e se esconde.
Esconde-se de si mesmo para não revisitar-se.
Minhas emoções se perdem nas linhas do meu prazer que senti, não senti ou nunca vivi...
Já não sinto o gosto da saudade, mas o sabor metálico da ausência.
Afunilo-me no interstício contíguo do encontro dos nossos corpos, nossos cheiros...
Desfaço-me e me dissolvo para simplesmente viver este nosso nós.
Um nós cheios de entrelaçamentos, laços tênues de reciprocidade latente, única...
E eu fico aqui olhando-me sem me ver,
Enxergando ou pensando ver, apenas a imagem insólita de nós dois.
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