segunda-feira, 26 de abril de 2010

Intulidade do dizer

Queria dizer muito,
Não sei dizer nada.
Desejei explicar, resolvi sentir.
No "redemoinho" de tudo, você...
Diferente, bonito, inquieto, professor, provocador...
Seremos dois duas culturas?
Ou nada seremos porque nunca existimos?
Textos, desejos, páginas em branco, impressas...
E eu olhando você e desejando...
Fiquei ausente do retrato...
Senti em mim seu encanto.

Cris Porto

Números?

Não tenho números,
Não adoto registros...
Não estou nem no primeiro e nem no último lugar.
Sou algébrica,
Nasci das palavras
Sou MULHER!
Como metáfora sou nebulosa,
Posso desfazer-me, se acuada
Dissolver-me no ar
Torna-me espírito liquido
Evaporar-me, voltar como chuva, mar, rio...
Entranhar-me em você...
Dar gozo, prazer...
Sou isso!

Cris Porto

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tempo?

Houve um tempo que o tempo existia.
Em outro tempo, o tempo se devorou...
Quando havia o tempo, ele escrevia, falava, reclamava.
No sem tempo de agora, navega-se...
Os rumos são outros
Os rumos antigos ficaram tácitos, invisíveis de si mesmo
Verdade? Impressão, dúvida, percepção ou apenas falta?
Não sei... O que sei é o tempo vai devorando tudo
E eu fico aqui, esperando um tempo que um dia fiz esperar.