quarta-feira, 14 de julho de 2010

O indelével

No limiar do sono você.
Em meu sonho mais ousado, seu corpo.
Na linha, nas curvas das palavras
Seu sentir de homem.
Seus olhos como dardos de desejo
Perfuram minha carne e cravam-se na minha ânima.
Entre os suspiros, o seu que me provoca.
Estou a sombra de um homem
Responsável por meu sangue correr como larva
E meus sucos explodirem como vulcão.
Não posso delir você de mim.
O que você deseja? "dormir a sombra deste vulcão?
Ou deixar-me cega e mais vulnerável ao seu animus?
Estou presa em suas garras e o meu vulcão é pura ebulição.
E mesmo, o que você deseja homem das Brumas?

Cris Porto

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