segunda-feira, 9 de abril de 2012


Quero saber em linguagem diferente da minha, quero representar mais uma vez para mim mesmo meu delírio, quero olhar diretamente o que me divide e corta.
Quero sumir, ir com alguém, me conhecer, me fazer abraçar, ser levada por alguém. Ao mesmo tempo, quero mudar as coisas, desmascarar, não mais interpretar, mas fazer da consciência mesma uma droga. Por ela ceder à visão sem falhas do real, ao grande e claro amor que não se mantém ou se sustenta pelo cotidiano e pelas delícias da carne.
Por isso sou apenas um poeta, recitante, desconheço o fim da história. Fico aqui a reler essa dialética que faz suceder o amor absoluto pelo absoluto, fazendo surgir uma nova lógica.
É pelo amor que vivo, quero que a ciência descubra seu ato falho. Sem ornamentos, que esse ato falho seja a nova forma inaudita de viver  da consciência humana. Ser como a fênix, morrer e renascer é neste entretanto que não me mato, mas cometo o erro amoroso: amar e apenas amar o AMOR. (Cris Porto)

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